Lei que cria cota de 20% para negros no serviço público entra em vigor
Nova regra vale para administração federal e empresas ligadas à União. Texto foi publicado no 'Diário Oficial da União' desta terça-feira (10).
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Dilma Rousseff reuniu personalidades negras para sanção da lei de cotas (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Entrou em vigor nesta terça-feira (10) a lei que reserva 20% das vagas nos concursos públicos da União para candidatos negros. A lei foi publicada no "Diário Oficial da União" desta terça, com efeito imediato e vigência pelo prazo de 10 anos.
A presidente Dilma Rousseff havia sancionado a lei na segunda-feira (9), no Palácio do Planalto, em evento que contou com a presença de personalidades negras.
A reserva de vagas valerá para concursos destinados à administração pública federal, a autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União, como Petrobras, Correios, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
O texto não estende as cotas ao Legislativo, Judiciário nem a órgãos públicos estaduais ou municipais. O Senado, no entanto, decidiu instituir cota de 20% para negros e pardos nos concursos públicos e contratos de terceirização da Casa.
Autodeclaração
O texto da lei determina que, no ato de inscrição no concurso público, o candidato que queira concorrer pelo sistema de cotas deve se declarar de cor preta ou parda, de acordo com o quesito de cor e raça usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O candidato que se declarar negro concorrerá simultaneamente tanto às vagas destinadas à ampla concorrência quanto às cotas. Se o interessado for aprovado dentro do número de vagas oferecido para a ampla concorrência, sua vaga não será computada para preencher a reserva das cotas.
A nova regra prevê reserva somente em concursos públicos que ofereçam três ou mais vagas e não se aplicará a certames cujos editais tenham sido publicados antes da vigência da lei.
O texto também determina que os editais terão de informar de forma "expressa" o total de vagas correspondentes à cota para cada cargo ou emprego público oferecido.
Declaração falsa
A lei prevê que, caso constatado que a declaração de negro ou pardo seja falsa, o candidato será eliminado do concurso e, se já tiver sido nomeado, poderá ter sua admissão anulada e responder a um procedimento administrativo.
Após a cerimônia de sanção, a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, afirmou que não haverá comissão específica para apurar se a declaração do candidato é falsa. Segundo ela, o governo trabalha com a hipótese de que denúncias serão feitas por cidadãos e apuradas pelo Ministério Público, como ocorre atualmente quando alguém denuncia uma suposta declaração falsa de cota nas universidades.
Segundo a ministra, o governo estuda a elaboração de um parecer jurídico que deverá servir de base para que as denúncias sejam apuradas da mesma maneira. Luiza disse que a lei para concursos públicos está embasada na aplicação da lei de cotas universitárias. "Os negros não estão tomando o lugar dos brancos. O que nós estamos fazendo é seguindo o entendimento que muitos especialistas, magistrados, inclusive nas cortes superiores, têm no Brasil, de que, para você construir a igualdade, você não pode tratar os desiguais da mesma forma. Simplesmente é isso que está sendo feito", destacou a ministra.
Questionada sobre se há "contrassenso" por parte do governo federal ao sancionar a lei e ter somente um dos 39 ministros de Estado negro – ela própria –, Luiza afirmou que a lei poderá contribuir para ter mais negros indicados a cargos do chamado "primeiro escalão". "Na medida em que nós tenhamos uma presença maior de negros no serviço público, com um conjunto de possibilidades, teremos a chance de ter prováveis indicados para cargos mais altos, como secretários-executivos e ministros, mais do que temos hoje."
Indicação ao STF
O diretor-executivo do movimento Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), Frei David Santos, revelou que, após a cerimônia, entregou à presidente Dilma uma lista com nove nomes de negros para substituir o atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, que se aposentará. Segundo Santos, uma indicação assim seria "coerente".
"Para subsidiar a presidente na escolha do substituto, estamos lhe entregando uma primeira lista de candidatos negros, com notório saber jurídico, à vaga no STF. (...) Para que a presidente seja coerente com todo o esforço que tem apresentado em seu governo, incluindo a política de cotas, ela tem de indicar um negro para o lugar do ministro Joaquim Barbosa", disse.
'Contra a discriminação'
Durante a cerimônia de sanção no Planalto, da qual participaram líderes de movimentos negros, parlamentares, ministros e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Dilma afirmou que a lei representa uma vitória sobre a "luta travada contra a discriminação racial" no país.
A presidente voltou a afirmar que a Copa do Mundo, que começa nesta quinta-feira (12), representará a luta pela paz e contra o racismo. Ela também comparou a lei que institui as cotas no serviço público a uma lei semelhante para reserva de vagas nas universidades públicas. "Estou certa de que podemos, em um curto espaço de tempo, fazer a mesma avaliação positiva da lei de cotas no serviço público. As duas [leis de cotas no serviço público e nas universidades] expressam escolhas políticas inequívocas de um governo determinado a defender a igualdade racial como um valor maior na nossa sociedade."
304 Comentários
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Na verdade, trata-se de uma medida de caráter eleitoreiro. Tal medida, acaba por incitar o ódio e a discriminação. Se o governo realmente nos respeita, deve tratar como igual. Eu sou CONTRA as cotas, embora tivesse direito a elas. Pelo princípio da isonomia, todos tem direitos iguais. continuar lendo
Concordo plenamente com você Aline. continuar lendo
Na verdade, Aline, o princípio da Isonomia diz que os desiguais são tratados de forma desigual, na medida de sua desigualdade. continuar lendo
Bingo Aline. Isso não é nada alem de uma campanha para a busca de votos. Aliás, nesse pais as coisas só funcionam quando das vésperas de eleições, ai tudo fica lindo, "crianças sendo beijadas", não existe mais fome nem segregação social e a corrupção será para sempre banida do Brasil. Isso tudo é Hipocresia, sem falar no seguinte Aline, com essa lei, estão questionando a capacidade dos negros em concorrerem com as outras etinias. continuar lendo
Caro Diego Ribas, agora me explica qual a desigualdade do cérebro de uma pessoa negra ou parda? Ainda não vejo desigualdade nenhuma para eles estarem sendo tratados de forma desigual, como você mesmo cita em seu comentário. Sinceramente não vejo justificativa plausível para essa Lei barata. Só vejo politicagem. continuar lendo
Diego,
O fato de ter uma cor de pelé diferente da minha, te torna uma pessoa desigual, no quesito capacidade de ser aprovado em um concurso público???
Cor de pelé não é deficiência... continuar lendo
Concordo que está sendo usada como eleitoreira por Dilma e a turma do poder. Mas apesar de não me enquadrar em nenhum tipo de cota já criado e me sentir pessoalmente prejudicado, acredito que o Brasil necessite dessas e outras mais políticas afirmativas tanto para negros quanto para outras "classes desprestigiadas" ao longo da história. Ao longo dessa mesma história as oportunidades foram sempre mais favoráveis aos brancos em virtude de um pensamento racista enraizado em nossa cultura. Devemos assumir essa realidade desproporcional das opções de vida dadas de forma diferente em virtude de raça, religião e poder aquisitivo para podermos fomentar a igualdade constitucional e a produção cultural em nosso País. Não é eleitoreira a medida, mas o maquiavelismo que impera na política brasileira já nos fez desgostar do futebol e consegue fazer com que leis que buscam a justiça social pareçam eleitoreiras continuar lendo
Aline,
também sou contra essa cota, embora eu tenha direito, pois penso que cor não é deficiência, pois a concorrência por uma vaga em concurso público já em pé de igualdade, tanto para negros quanto brancos, essa lei não beneficia em nada, só discrimina ainda mais.
Francamente, tanta coisa importante para ser feita nesse país, criam leis desnecessária tipo esta. continuar lendo
Qualquer cidadão deveria ser aprovado em concurso público pelo conhecimento, investimento em cursos específicos, compra de apostilas e horas de estudo, não pela cor da pelé, isto é ridículo. continuar lendo
Eu entendo as dificuldades que os negros enfrentaram e as que ainda enfrentam, a discriminação, a segregação racial, etc. Eu só acho que a forma de resolver esse problema de segregação não é essa. Cotas na verdade, segrega mais ainda, e ainda tira o mérito do individuo aprovado sem cotas. Eu, como patrão, não contrataria um funcionário sabendo que ele passou nas cotas. Que foi "beneficiado". Preferia contratar um que passou na classificação geral, onde a concorrência é maior, seja branco ou negro, e TEORICAMENTE, teria mais mérito. Para mim, a forma correta de resolver esse problema seria possibilitar um melhor acesso a educação. Mas, infelizmente, no nosso país, sempre tentam amenizar o problema, em vez de resolve-lo. continuar lendo
Entendo que haja diferenças econômicas e sociais que precisam de intervenção do estado para serem resolvidas, mas não penso que as cotas sejam a solução, tanto em concurso como para o ingresso em universidades. É tratar o galho da árvore, quando o problema é a raiz. Nem este governo, nem o anterior nem nenhum outro atacou o verdadeiro problema: A falta de acesso ao ensino, saúde e trabalho para que o Negro, o índio, o branco, seja lá quem for possa fazer realmente suas escolhas. Esta solução é do mesmo tipo da de passar alunos que não sabem ler.
Se não se pode salvar todos, ao menos alguns da população menos favorecida poderiam ter acesso à oportunidades que realmente mudariam sua vida e das pessoas em sua volta.
Lembram-se dos Cieps? A criança o dia inteiro afastado das ruas e recebendo educação e atenção. O que fizeram deles? continuar lendo
E pelo conhecimento mais rudimentar do direito Romano, sabe-se que se deve tratar pessoas diferentes com direitos diferentes, para que se as iguale perante a lei. Se tratarmos todos de maneira igual, que será das crianças, dos idosos e das mulheres grávidas? Que será das pessoas com deficiência, dos trabalhadores rurais e dos mineiros? Como tratar o direito dos militares e dos lojistas de maneira igual? A lei das cotas não obriga que você aceite o direito. Se não quer valer-se de seu direito, isso você tem direito. Mas, porque sermos tão resistentes a aceitar que os 99% das cotas, até agora dos brancos ricos seja baixado para apenas 80%? continuar lendo
Jeanlou,
Poderia nos dizer alguma coisa do que você pensa. Pois esse discurso parece a leitura da velha cartilha ideológica professada com a fé cega de um jornalista da record... continuar lendo
Não obstante ser advogado, não irei me valer de argumentos jurídicos para defender as Cotas, vale ressaltar que as leis infraconstitucionais sempre reservaram 100% de privilégios para os 10% mais ricos e brancos, não sendo justificáveis tantos temores das classes dominantes, beneficiados desde o Brasil Colônia com as sesmarias, as capitanias hereditárias, a escravidão, o pacto colonial e o nascimento de um Império nos trópicos e a construção d uma “ordem” e de uma elite política imperial, na República com o populismo, o clientelismo e o patrimonialismo, até a Pós-modernidade com os cartórios, os financiamentos estatais e etc.. e etc...
As cotas para negros devem ser mantidas, aperfeiçoadas e perdurarem enquanto houver a persistência da desigualdade racial, socioeconômica e de classes. É dever do Estado brasileiro promover políticas para combater o racismo institucional e socioeconômico por meio de legislações anti-racistas com o fim de oferecer igualdade de oportunidades ou ao menos uma chance !!!!!! continuar lendo
Caras Rosana e Andreia,
Leiam com atenção o meu comentário. Não defendi nem critiquei as cotas, apenas corrigi o conceito que foi dado pela Aline de Isonomia, pois o argumento dela é falacioso, já que se fundamenta em uma inverdade.
Em relação ao mérito da cota, talvez seja injusta, mas dizer que o povo negro, que foi utilizado como mão-de-obra escrava por 300 anos no Brasil, não é desigual, é no mínimo ser ingênuo. continuar lendo
Sem papo demagógico, essa lei não tem nenhum fundamento constitucional, mas sim pura demagogia, essa lei só servirá para a classe dominante dos negros ricos, pois o negro pobre continuará pobre. Estamos cometendo os mesmo erros em que uma classe social tenta impor sua raça de qualquer jeito sobre a outra, para no final "quem sabe" chegar novamente a um Estado autoritário, isso aconteceu há séculos em que brancos já foram escravizados e submetidos a uma classe dominante da época, judeus foram escravizados e mortos por uma classe dominante, mais recente os negros, então, todos foram submetidos a alguma escravidão ou tortura um dia por um Estados de direito e liberais que se tornaram autoritários um dia com falsos argumentos, não por motivo da cor, mas sim por uma classe dominante, pois o branco pobre continuou pobre e sem privilégios, então, porque privilegiar uma única cor? Existe uma grande distinção entre direitos humanos e direitos fundamentais, dentro da ordem internacional e interna.
Afirmam que as notas dos cotistas são maiores que as notas dos que não concorrem às cotas, isso conclui exatamente o que eu falo e isso é fato, pois no Brasil hoje em dia existem muitos negros e pardos com uma situação financeira boa, bem como existem muitos brancos com uma situação financeira horrível, logo, essas cotas iram beneficiar unicamente a classe negra dominante, pois o negro pobre continuará pobre e sem chances.
Agora, sem demagogia e falando constitucionalmente, a lei em questão não fez distinção entre os concorrentes que já possuem ou não nível superior, o que beneficia novamente uma única raça, pois já foram beneficiadas com as cotas nas universidades com argumentos demagógicos e não constitucionais, o mais surreal é que primeiro o candidato concorre às vagas gerais e somente depois de não terem feito a média geral é que eles vão concorrer às cotas, então, na realidade esses 20 % é fictício, pois na verdade eles concorrerem muito mais do que os 20%, nem os deficientes que têm previsão constitucional das cotas na Constituição tem esse privilégio, pois como está sendo feito é privilégio de uma raça sobre qualquer outra, por isso, que eu acho que essa lei é inconstitucional, cometendo os mesmo erros do passado em que uma classe dominante tenta impor sua raça de qualquer jeito sobre a outra, isso não ocorre só pela violação do princípio da igualdade, da eficiência que exige o concurso público e outros princípios, mas, principalmente, pela violação clara do artigo 3º, da CRFB/88; alguns dizem que as ações afirmativas estão no inciso I, do art. 3º, da CRFB/88, mas só que estão lendo os incisos do art. 3º, da CRFB/88, de forma isolada, literal e não sistemática, pois as ações afirmativas devem ocorrer sim, mas não em benefício de uma raça em detrimento das outras raças, vejamos:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
Aqui está o dispositivo que garante as ações afirmativas, mas só que essas ações afirmativas devem respeitar os incisos III e IV.
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
Cotas afirmativas para redução das pobreza, desigualdades sociais e regionais são possíveis
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Agora, cotas afirmativas por motivo de raça é inconstitucional, vide o inciso acima, o legislador constituinte percebendo os erros do passado em que uma classe dominante tenta se impor sobre a outra, o que pode levar a um Estado autoritário, proibiu esse tipo de ação afirmativa por motivo de raça, não só de raça, mas de origem, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Destarte, qualquer tipo de cota deve ser para os deficientes, o que é justo e tem previsão constitucional; bem como forma de redução das desigualdades sociais (no caso de pobreza declarada) e até regionais (para o pessoal de certas regiões pobres), o que é justo e tem previsão constitucional, mas sempre de forma razoável e proporcional para que não existam violações aos princípios constitucionais; agora, cota racial em benefício de qualquer raça em detrimento de outras raças são inconstitucionais, ainda mais para concursos em que os candidatos já estão formados, fora ainda, que garante ao candidato o direito de concorrer as vagas gerais e tão somente não fazendo a média geral e que passa a concorrer as cotas, vejamos os deficientes, que só podem concorrer as vagas a eles destinadas, será que ninguém enxergou.
Mas isso não me cabe discutir, só expresso o meu pensamento, pois não sou legitimado para propor a ADI, então, isso não cabe a mim, isso é apenas um opinião minha, não demagógica! Enquanto isso a lei é válida e será aplicada, só espero que algum dos legitimados proponha a ADI para discutir a constitucionalidade da lei, que por fundamento jurídico é inconstitucional; agora, por fundamento político e demagógico ela é constitucional, ENFIM, QUERO VER APONTAR UM DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL QUE POSSA APOIAR ESSA SUPOSTA CONSTITUCIONALIDADE, SEM SE ESQUECER QUE O ART. 3º TRATA DOS OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS PELO ESTADO NA CONCRETIZAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, DISPOSTO NO ART. 1º. DA CRFB/88, BEM COMO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PREVISTOS NO ART. 5º, DA SRFB/88, E TODA INTERPRETAÇÃO DEVE SER FEITA DE FORMA SISTEMÁTICA. continuar lendo
Se o governo e as leis, por eles criadas, discriminam o que q esperam de nosso povo ja tão sofrido a não ser revolta? Se o governo estabelece cota para negros,isso significa dizer que o negro é inferior que não tem condições,. Isto sim é discriminação.
É o mesmo que cota para quem estuda em colégio público Neste momento o governo assume as péssimas condições do ensino público. A constituição diz que somos todos iguais, continuar lendo
Concordo Aline! Mesmo com a ressalva da isonomia, de que os desiguais devem ser tratados como desiguais. Acho uma ofensa esta política das vagas reservadas para negros estarem ao lado dos deficientes! Que condição é esta que determina uma não condição dos negros, por somente serem negros, de concorrerem em igualdade? São menos capazes? Não existem por acaso negros com condições no Brasil? Fiquei indignada com esta ação! continuar lendo
É mais fácil criar cotas para tudo, e garantir votos, do que investir na educação de base e igualar oportunidades entre todos os brasileiros. continuar lendo
Esse peteco já deu. Esse barato de cota para tudo já está beirando o patológico. É concreta a intenção do governo de promover a desigualdade, a desunião, a segregação, jogar irmão contra irmão. Não me sinto representada por essa corja. continuar lendo
Perfeito Hilda , o domínio menchevique já ganhou e se perpetuou no poder , basta , é covardia bater em morto. continuar lendo
A desunião já foi obtida, pois agora mexeu com estomago das pessoas e com o futuro de quem se dedicou e se verá pretendido.
Foram inconsequentes e dividiram o povo, é só questão de tempo para as nefastas consequências. continuar lendo
Sou negro, e teve momentos que pensei que isso é uma das maiores formas de discriminação que existe!
Porém, enquanto alguns acham que os negros estão se desvalorizando, penso que eles estão é aproveitando essa atenção para obter benefícios para a raça. Entenderam?! Sendo assim, nós mulatinhos estamos "sendo espertos" continuar lendo
Fico indignada com a acepção de pessoas feita pelo próprio Estado, com o intuito de criar uma segregação e não integração. O Brasil sempre foi conhecido como um país, onde há forte miscigenação e integração entre os povos. Esta medida foi altamente preconceituosa, isto sim. continuar lendo
Nós não estamos sendo espertinhos, aí é que está a malícia do governo. Isto porque não fomos nós, mas sim o governo atual que criou tal medida preconceituosa, isto sim. continuar lendo
Entendo. continuar lendo
Concordo com o fato de algumas pessoas estarem sendo espertas, mas isso não deixa de ser uma desvalorização própria.
Meu melhor amigo é negro e concorda comigo quanto ao absurdo dessa lei em razão do retrocesso e preconceito escancarado.
No entanto, quando nós dois estávamos prestando vestibular ele "perdeu" sua vaga em engenharia civil na federal do RS porque não se "definiu negro". Agora ele mesmo já disse que não terá a mesma atitude em relação aos concursos públicos, ainda que essa lei seja uma estupidez. Hoje concordo com ele. continuar lendo
Se você acha esperteza conseguir vantagens por conta da cor da pelé... quem sou eu para te convencer do contrário?
Eu continuo achando que as pessoas devem ser avaliadas pelo seu conhecimento. E é exatamente isso que era o mais importante num concurso público, a pontuação final e o fato do empregador só conhecer a aparência de alguém na hora de receber a documentação, de assumir o cargo. continuar lendo
É isso mesmo Thiago, que os negros aproveitem essa oportunidade, MERECIDA, MUITO MERECIDA. E aos brancos indignados, para eles sempre tem disponíveis boas oportunidades, por conta da segregação natural que habita o íntimo das pessoas desse mundo, que no final sempre acaba beneficiando os de pelé mais clara. continuar lendo
Em dez anos, a sociedade estará tão dividida que funcionário público vai ser separado em bom (branco, dedicado, fez por merecer) e ruim (negro, folgado, aproveitador, oportunista e desqualificado). Minha esposa é negra, e não se disporá a esse disparate populista e incitador de ódio racial, social, religioso e no demais que possamos ser diferentes. continuar lendo
eles querem dizer: "meus caros, vocês dependem de nós, agradeçam-nos e votem em nós".
reduzindo os cotistas perante à minoria (que no caso são brancos comuns). continuar lendo
Exatamente!!! Bom pra vcs, pq pra mim que tive a infelicidade de nascer branca e pobre me ferro. continuar lendo
O Hildo está certo, certíssimo até, contudo esta atitude prejudica ao país como um todo e por muitos anos.
Esta esperteza eleitoral é na verdade um ato de descriminação, resultado da percepção de que o negro não se perceberá manipulado e atingido em sua dignidade. continuar lendo
No Brasil se combate racismo com medida racista, sexismo com medida feminista e assim por diante. É o país do paradoxo. continuar lendo
Nem isso, nem aquilo, justamente o contrário! Cotas para negros é uma medida de justiça aos negros. Não é favor que nos fazem e nem um privilégio -- é justiça. Um conceito muito antigo e muito bem estabelecido... continuar lendo
É de pasmar que ainda hoje o discurso de que o branco é mais inteligente que o negro ainda vigore nas falas deste fórum, ainda que na versão: não há diferença de QI entre o cérebro dos negros e dos brancos. Estudo mínimo que seja sobre esse assunto, descobrira-se que essa fala está superada. Logo, trazer ao contexto só mostra que é assim que se pensa: negros são menos capazes que os brancos. Pior, para sustentar tal argumento os respondentes mal avisados, cometem outro erro, tão bárbaro quanto: "Cor de pelé não é deficiência..." Ora, não é mesmo, cara pálida! E, desde quando deficiência é sinônimo de ineficiência, de incapacidade etc.? Você, porque teve um acidente de carro hoje e ficou paraplégico, deixou de ser o jurista que era? Você, porque foi atingido por uma bala perdida e ficou cego, deixou de ter a competência que tinha? Você, porque teve uma otite e ficou surdo, deixou de ter a capacidade intelectual que tinha? Bem, talvez sim, se sua capacidade é a que mostra tanto preconceito contra a pessoa negra e contra a pessoa com deficiência. Tanto, que nega as ações afirmativas, alegando diferenças intelectuais, quando elas tratam da desigualdade social, entre outras coisas, não das diferenças intelectuais. E isso de ser eleitoreira, bem, sempre se pode usar esse argumento, uma vez que no Brasil estamos sempre entre uma e outra eleição. Estudem o Decreto Presidencial 6949/09 e entenderão um pouco do que estamos falando. Afinal, negros e brancos, crianças e idosos; todos somos pessoas humanas e a matéria em questão é sobre direitos humanos, não de cor X inteligência. Querer comparar duas coisas tão distintas, ou mostra a ignorância de que assim o faz, ou o preconceito e a discriminação de quem usa de tão fúteis argumentos.
Também, leiam o Dec. Federal 3.956/01 e aí saberá do que estamos versando ao falarmos de cotas.
6 horas atrás continuar lendo
Logo; Senhor Thiago, estás a um só tempo sendo discriminado e praticando a regra que raros brasileiros hoje reconhecem e repudiam como abominável modo de vida: A lei de "Gerson"!
Que pena!! continuar lendo
Concordo com você companheiro. Pena que os 'reacionários' daqui não entendem...acham que não existe racismo no mundo cor de rosa que eles vivem. continuar lendo
Francisco e Otávio os “reacionários” acham incrível que alguém concorde que se tire o pão da boca de quem tem méritos e de sua família e o dê a alguém que, sem as mesmas qualificações, nasceu com um pouco mais de melanina na pelé e não se dedicou o suficiente para obter as mesmas condições.
Como alguém pode achar certo que se dê o dinheiro do contribuinte e pague o mesmo a quem comprovadamente é menos capaz de atender suas necessidades?
Qual o nome disso? Justiça?
Desculpe-me eu chamo de outra coisa! continuar lendo
Para meus caros Andrea e Marcus.
Não posso ser mais claro quando digo na minha primeira frase que opino ser uma grande discriminação deixar que os negros assumam cotas até porque creio que todos são capazes e iguais.
Também deixo exposto que por mais que alguns pensam que os negros estão se achando desvalorizados, há um proveito grande dessas chances.
Creio que consegui explicar desta vez. continuar lendo