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25 de Abril de 2024

Governo cria perfis falsos em aplicativos para combater a Aids

Objetivo é aumentar conscientização sobre o sexo seguro no carnaval. Pesquisa mostra que 46% admitem ter feito sexo sem camisinha.

Publicado por Gm M.
há 9 anos

Janaína Carvalho - Do G1 Rio

Governo cria perfis falsos em aplicativos para combater a Aids O ministro da Saúde, Arthur Chioro, e a cantora Preta Gil (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)

O Ministério da Saúde criou cinco perfis falsos que serão usados em aplicativos de paquera como parte de uma campanha para ajudar na prevenção à Aids neste carnaval. A estratégia estará nos apps Tinder e Hornet, que promovem encontros casuais, para alertar a população sobre a importância do sexo seguro.

Em conversas com usuários, a ideia é que esse perfis se identifiquem como pessoas em busca de sexo sem camisinha. Durante o papo online, serão divulgadas mensagens sobre a importância da prevenção e sexo seguro.

A campanha foi divulgada nesta segunda-feira (9) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, na quadra da escola de samba Mangueira e contou com a presença da cantora Preta Gil.

Governo cria perfis falsos em aplicativos para combater a Aids

Segundo pesquisa do ministério, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida.

Esse percentual subiu de 18%, em 2004, para 26% em 2008, chegando a 49% no ano de 2013, o maior percentual dentre todas as regiões brasileiras.

O dado mais preocupante: de acordo com a pesquisa, 46% da população sexualmente ativa na região Sudeste não fez uso do preservativo em todas as relações sexuais com parceiros casuais no último ano.

"O que mais preocupa são os jovens de 15 a 24 anos que assumiram uma prática sexual desprotegida apesar de saber quais são os riscos. Noventa e quatro por cento sabem que para prevenir a Aids é preciso usar camisinha, mas 46% admitem fazer sexo sem preservativo com parceiro casual", afirmou o ministro Arthur Chioro, ressaltando que esses dados evidenciam a importância de adotar outras estratégias além do uso do preservativo.

Apoio de Preta Gil

A campanha conta com o apoio da cantora Preta Gil, que enfatizou que a nova geração perdeu o hábito do uso da camisinha.

Governo cria perfis falsos em aplicativos para combater a Aids

Ministro da Saúde tira selfie com camisa da campanha (Foto: Janaína Carvalho / G1)

"A juventude deixou de usar a camisinha, isso é muito assustador. A gente tem que voltar com essa campanha fortemente. Sou de uma geração que perdeu muitos ídolos e muitos amigos para a Aids", disse a cantora.

"Essa geração foi beneficiada pelo avanço da tecnologia na área da saúde, que realmente fez com que a Aids tivesse um avanço muito grande no tratamento. A gente tem que comemorar, claro, mas temos que alertar porque agora eles estão vivendo como se não houvesse uma epidemia de aids", afirmou Preta Gil, ressaltando que a doença cresceu entre os jovens.

Para o ministro Chioro, o aplicativo é fundamental para atingir os jovens. "Precisamos atingir o público jovem, tanto o heterossexual como homossexual, e chegar numa linguagem direta, informativa e esclarecedora, que convoque os adolescentes e jovens a fazer sexo com segurança. Com respeito aos seus parceiros e, ao mesmo tempo, usando a camisinha", afirmou o ministro.

Teste em 30 minutos

Atualmente, além dos postos que realizam o teste convencional de detecção de HIV, o ministério disponibiliza locais onde a população pode realizar um exame que analisa o fluido oral da gengiva e dá o resultado em 30 minutos.

"Não precisa ir no laboratório coletar sangue. É bem mais fácil e é confiável, pois o percentual de segurança é superior a 99%. É uma evolução muito grande", afirmou Ivan Monsores, 26 anos, que realizou o teste para detectar o HIV duas vezes e durante o evento fez o teste oral pela primeira vez.

Até hoje, 14 mil pessoas realizaram o teste oral. Dessas, 43% nunca tinham realizado outro teste para detectar a doença antes. Das 14 mil, 381 tiveram resultado positivo para a infecção do HIV. A campanha também defende – em caso de exames positivos – o início imediato do tratamento e não apenas quando os sintomas aparecem.

Ao todo, serão espalhados 129 mil cartazes em quatro versões, segmentados para a população jovem, travesti e jovem gay. Displays com camisinhas serão instalados em aeroportos como o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e de outras cidades como Salvador e Recife. No Rio, o Ministério da saúde distribuirá 3 milhões de camisinhas no carnaval.


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Podemos dizer que são os "fakes do bem" continuar lendo

Falsidade aideológica? continuar lendo

Excelente iniciativa! continuar lendo

Poxa. Estragou a surpresa. Não brinco mais. Humfff. continuar lendo